O setor de embalagens longa-vida, que tem o Brasil como vice-líder global, atrás apenas da China, está buscando inovar para recuperar o crescimento perdido nos últimos dois anos, quando a redução do consumo afetou o desempenho das duas grandes forças do setor: a sueca TetraPak e a alemã Sig Combibloc. As companhias esperam que a queda da inflação e a redução do desemprego ajudem nas vendas em 2018, mas também estão de olho em novos vetores de crescimento, entre eles a expansão do e-commerce de alimentos.
O mercado brasileiro de embalagens longa-vida é de cerca de 15 bilhões de unidades por ano, ou 7,5% do volume global. A partir dos anos 1990, a popularização do leite longa-vida, fez com que o Brasil conquistasse uma força desproporcional no segmento, que, segundo fontes de mercado, cresce de forma tímida atualmente, na casa de 2% a 3% ao ano.
Por isso, as próprias empresas admitem a necessidade de reinvenção, tanto na busca de novas categorias para a embalagens de longa-vida, quanto no desenvolvimento de novas tecnologias. Hoje, além de fornecer embalagens, a Tetra Pak e a Sig Combibloc também fabricam equipamentos de produção e softwares de gestão para seus clientes, que são os maiores produtores de alimentos e bebidas do mundo.