As gráficas podem aumentar seu faturamento e sua cartela de clientes se souberem planejar ações e produtos para impulsionar vendas em datas comemorativas. Em 2018, a Copa do Mundo e as eleições são ocorrências especiais.
odos os anos há uma série de boas oportunidades para o empresário que tem um olhar atento para o calendário. Há dezenas de datas comemorativas que, se bem trabalhadas, com produtos e serviços oferecidos por intermédio de uma estratégia de marketing inteligente, podem render bons frutos às indústrias. Em 2018, por exemplo, além dos tradicionais Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Dia das Crianças e Natal, há em junho a Copa do Mundo da Rússia e, em outubro, as eleições para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. O administrador e palestrante Auro Aldo Gorgatti, diretor da FPG Consultoria, tem conhecimento profundo sobre o mercado gráfico e dá algumas dicas a quem quiser aproveitar as chances. “Conheço uma gráfica que, no Dia das Crianças, envia um bloco de papel de carta com motivos infantis para filhos e filhas de seus clientes. Recentemente, outra empresa do ramo presenteou com rosas e bombons suas consumidoras femininas mais assíduas, pela passagem do Dia Internacional da Mulher”, conta.
Atenção ao banco de dados Isto é possível, pois as organizações têm no seu banco de dados informações valiosas e as utilizam para fidelizar compradores tradicionais e atrair novos. Produtos gráficos são produzidos sob demanda, na sua maioria tem design único, porém podem existir ações que auxiliem a impulsionar as vendas. “O exemplo que posso dar está nos calendários de mesa: uma das indústrias que conheço produz três modelos a cada final de ano e oferece a todos os seus clientes a personalização com a logomarca, fortalecendo os negócios B2B”, sustenta. As eleições costumam representar aumento de demanda para diversas gráficas. Neste ano, os brasileiros irão votar para presidente, governador, senador, deputado federal e estadual. O aumento de vendas pode ser expressivo. “Em alguns locais onde dei consultoria e que tinham clientes no mundo da política, os pedidos começam a chegar em julho e agosto. É possível até mesmo triplicar o faturamento no período, imprimindo santinhos, panfletos e malas-diretas.” Copa do Mundo Gorgatti deixa, todavia, um alerta: “Receber na frente, ou no mínimo o valor do papel, é regra básica para evitar surpresas.” Para a Copa do Mundo, a estratégia é prospectar antecipadamente fregueses que eventualmente tenham comprado ou feito uma ação especial na última edição do evento. Entre outros inúmeros casos, todos têm algo em comum: a utilização de um banco de dados e não de um “bando de dados.” Segundo o consultor, o fato é que as gráficas dificilmente aproveitam as datas especiais, pois, em geral, guardam pouca informação sobre seus clientes. Sobra investimento em tecnologia de produção, falta em atendimento e vendas. “Por incrível que pareça, a maioria das indústrias nem sequer tem uma área comercial, as vendas são passivas e realizadas pelos próprios donos. Os vendedores, em geral, não sabem o que fazer, como, quando e com que frequência fazer”, observa. Melhoria na gestão Gosgatti considera que ainda há um longo caminho a percorrer nas ações de marketing de datas comemorativas porque a gestão nessa área é quase inexistente: “Experimente perguntar para um dono de gráfica se ele sabe quantos clientes o vendedor visitou no último mês, quantos orçamentos ele trouxe, quantas ligações de prospecção foram feitas e onde está seu vendedor neste exato momento (caso ele não esteja na gráfica). Serão poucos os que terão as respostas”.
Fonte: Sindigraf RS