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16/05/2019

A importância da robótica nos processos gráficos

Cinque Terre

A robótica avançada é uma das 9 megatendências de inovação que vão transformar o setor secundário, segundo a própria Confederação Nacional da Indústria (CNI). Embora o Brasil tenha mostrado avanços recentes na área, a entidade considera que é preciso acelerar o passo para acompanhar as principais tendências que transformarão a produção e o consumo com a chegada da Indústria 4.0. O Brasil tem cerca de 12 mil robôs industriais em operação, mas isso ainda é insuficiente para dar ao país a alta competitividade necessária para competir de igual para igual com nações mais avançadas. Esse total, por exemplo, equivale apenas à quantidade adquirida pelas empresas de Taiwan no ano de 2018, conforme estimativas da Federação Internacional de Robótica (IFR). Um dos exemplos mais conhecidos dessa tecnologia é o carro autônomo, que utiliza sensores e sistemas de controle computacional sofisticados para garantir o transporte autônomo e seguro de pessoas. Protótipos já foram produzidos em outros países. O Brasil, por sua vez, possui alguns produtos inovadores de padrão mundial, como robôs autônomos que inspecionam dutos de petróleo ou pintam cascos de navios. O diagnóstico da CNI, todavia, considera que é preciso ampliar a presença de robôs nos parques industriais e incorporar práticas de produtividade e eficiência, tanto para disseminar o conceito de máximo de entrega de valor (com o mínimo de recursos) quanto para incorporar o manuseio de tecnologias digitais em proporção equivalente à demanda. O professor universitário do Senai Cimatec, na Bahia, e pesquisador líder do Instituto Senai de Inovação em Logística e Automação, Herman Lepikson, afirma que há diferentes perspectivas quanto a essa tendência. A robótica industrial, com a presença de autômatos na linha de produção, é uma realidade consolidada no mundo, embora o Brasil esteja atrasado. A do tipo colaborativa envolve máquinas que interagem com humanos, executando tarefas repetitivas, perigosas ou pesadas. O Senai já desenvolve projetos nessa direção. A terceira onda é a robótica autônoma, ou seja, composta por veículos com a capacidade de se enxergar nos ambientes e cumprir a sua missão, como leitores de gôndolas nos supermercados, aspiradores de pó programáveis ou carros com pilotoautomático. “O Brasil tem feito um trabalho razoável nessa direção, mas claro que há um longo caminho a ser percorrido até o uso pela indústria”, comenta. Uma das frentes que ganham espaço na área é a de máquinas autônomas. Elas dialogam com outras e são capazes de tomar decisões. “Se um equipamento para de funcionar, o sistema desvia a produção para outras, assume demanda, já chama o conserto. Isso é útil para a indústria gráfica, onde há bastante informatização, mas ela é cega, surda e muda quando se fala em integração”, observa Lepikson. “Já é possível robotizar o processo para as próprias máquinas encomendarem bobinas ou outros insumos de acordo com suas necessidades.” Um dos principais entraves para o crescimento da robótica no meio industrial é o fato de que os empresários não a encaram como investimento para o futuro, mas como custo imediato e oneroso. “O segmento gráfico é muito tradicional, preocupa-se com a despesa de hoje sem analisar a perspectiva de sobrevivência da empresa lá adiante”, alerta o pesquisador. É preciso enfrentar o medo do novo. “A indústria gráfica está no olho do furacão, porque os avanços tecnológicos reduzem o uso de papel, e as empresas precisam encontrar meios de adaptação aos negócios advindos com a digitalização.” Segundo Lepikson, reclamar do Custo Brasil também não adianta, uma vez que esse fator não irá desaparecer. O país precisa é aproveitar suas vantagens comparativas, como a capacidade de criação e de perceber novas perspectivas. “Quando apresentamos o protótipo do robô petroleiro submarino há dois anos num evento lá na Alemanha, a empresa Shell (que contratou o projeto) quis apresentá-lo a todas as outras operadoras. Foi uma surpresa às demais como os brasileiros chegaram a tal ponto, porque elas pesquisavam soluções há mais tempo sem os mesmos resultados”, acrescenta.

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